·
COMUNICAÇÃO: A
comunicação ocorre quando interagimos com outras pessoas utilizando a
linguagem.
·
LINGUAGEM
é um processo comunicativo pelo qual interagem entre si.
·
Dentro do processo de comunicação temos os INTERLOCUTORES que são as pessoas que participam do processo de
interação por meio da linguagem.
·
LÍNGUA: é
um conjunto de sinais (palavras) e de leis combinatórias por meio do qual as
pessoas de uma comunidade se comunicam e interagem.
· CÓDIGOS: é uma convenção estabelecida
por um grupo de pessoas ou por uma comunidade. Por meio de códigos são
construídas e transmitidas mensagens com mais rapidez. São códigos: os sinais
de trânsito, os símbolos, o código Morse,
as buzinas dos automóveis, as indicações de caixas de bancos ou de vagas de
estacionamentos reservadas para idosos etc. Sendo assim o Código é um conjunto de sinais convencionados socialmente para a
construção e transmissão de mensagens. Portanto, a língua portuguesa como
fruto de uma convenção social, não deixa de ser também, em certo sentido, um
código, no caso um código verbal.
·
1- ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO:
Com os
elementos da comunicação, é possível usar como forma de comunicação, informação,
expressão e significados os diversos sistemas simbólicos das diferentes
linguagens. A forma de comunicação está divida entre:
·
Emissor – o
que emite a mensagem.
·
Receptor – o
que recebe a mensagem.
·
Mensagem – o
conjunto de informações transmitidas.
· Código – a
combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
· Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio,
jornal, revista, cordas vocais, ar…
· Contexto – a
situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente. A
ideia de contexto está ligada ao ambiente linguístico onde se acha a frase,
à situação social em que ela ocorre e a experiência do autor e do
leitor em relação a determinado assunto
* Ruído – qualquer perturbação na
comunicação.*
Funções
da Linguagem
O
linguista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis
funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação:
Referencial
Também
chamada de denotativa ou
informativa, é quando o objetivo é passar uma informação objetivas e impessoal
no texto. É valorizado o objeto ou a situação (contexto) de que se trata a mensagem sem manifestações pessoais ou
persuasivas.
Emotiva
ou Expressiva
Também
chamada de emotiva (A linguagem evidencia preferencialmente o emissor), passa para o texto marcas de
atitudes pessoais como emoções, opiniões, avaliações. Na função expressiva, o
emissor ou destinador é o produtor da mensagem. O produtor mostra que está
presente no texto mostrando aos olhos de todos seus
pensamentos.
Exemplo:
“Posso te
falar dos sonhos / Das flores/De como a cidade mudou/ Posso te falar do medo
Do meu desejo, do meu amor.../ Posso falar da tarde que cai/ E aos poucos deixa ver/ No céu a Lua/ Que um dia eu te dei...” (A Lua que eu te dei – Herbert Vianna)
Do meu desejo, do meu amor.../ Posso falar da tarde que cai/ E aos poucos deixa ver/ No céu a Lua/ Que um dia eu te dei...” (A Lua que eu te dei – Herbert Vianna)
Conativa
É quando
a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor levando-o a adotar um
determinado comportamento. Na função conativa a presença do receptor está
marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do
imperativo e do vocativo.
Exemplo: "Você é como o sol que ilumina minha
manhã" Exemplo:
"Beba Coca-Cola" Exemplo:
"Vem pra caixa você também"
Fática
É o canal por onde a mensagem caminha de
quem a escreve para quem a recebe. Também designa algumas formas que se usa
para chamar atenção.
Exemplo:
"Alô ?!", "Entenderam ?", Etc...
Metalinguística
É quando
a linguagem fala de si própria. Predominam em análises literárias, interpretações e
críticas diversas.
Exemplo: “Lutar com palavras é a luta mais vã.
Entretanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes
como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas
lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de
vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem
há sevícia que as traga de novo ao centro da praça.” Carlos Drummond de Andrade
Nesse poema, Drummond escreve um poema sobre como escrever poemas... Ou seja, a criação literária fala sobre si mesma.
Função
poética:
É aquela
que se centra sobre a própria mensagem.
Tudo o que, numa mensagem, suplementa o sentimento da mensagem através do jogo
de sua estrutura, de sua tonalidade, de seu ritmo, de sua sonoridade. Essa
função é capaz de despertar no leitor o prazer estético e surpresa. É explorado
principalmente na poesia. Pode estar presente também em anúncios publicitários.
Exemplos:
Anúncio
publicitário:
“Chegou o
milagre azul para lavar!
Lave na espuma de Omo e tenha a roupa mais limpa do mundo!
Onde Omo cai, a sujeira sai!” (propaganda Omo, 1957)
Lave na espuma de Omo e tenha a roupa mais limpa do mundo!
Onde Omo cai, a sujeira sai!” (propaganda Omo, 1957)
Poema:
“...Eu,
que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda...”
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda...”
(Fernando
Pessoa, Poema em linha reta)
Referência
Bibliográficas
CEREJA, W.R.
MAGALHÃES, T.C. Português Linguagens v.01 – 7º ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010, 336 p.
SOBRAL, Jõao Jonas
Veiga. Gramática – caderno de revisão. São
Paulo: Moderna, 2011, 151 p.
Ola professor, gostei muito dos seus textos, muito instrutivo.
ResponderExcluirRosa Leandro