1-
O QUE
É GRAMÁTICA?
É o conjunto de
regras individuais usadas para um determinado uso da língua, não somente da
norma culta, mas também de variantes não-padrão.
FINALIDADE: orientar e regular o
uso de uma língua estabelecendo um padrão de escrita e fala
2-
DIVISÃO
DA GRAMÁTICA
Sabe-se que a língua é um sistema tríplice: compreende um sistema de formas (mórfico), um
sistema de frases (sintático) e um sistema de sons (fônico). Por essa razão, a Gramática tradicionalmente divide-se em:
I.
Fonologia/Fonética – estuda os elementos sonoros constitutivos da
palavra tais como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a
sua denotação
II.
Morfologia - Compreende
o estudo das palavras e os elementos que as constituem. São atribuídos a esse conjunto de informações: a
análise da estrutura, a formação e os mecanismos de flexão referentes às
palavras. Assim sendo, fica a cargo da morfologia apontar acerca de todos os
aspectos relativos aos artigos, numerais, substantivos, adjetivos, verbos,
pronomes, advérbios, preposições, conjunções, interjeições.
III.
Sintaxe - tem como
foco principal a análise estrutural dos termos que compõem as orações e os
períodos, tendo em vista as relações que se estabelecem entre estes.
Compreende, portanto, o estudo dos termos essenciais da oração (sujeito e
predicado), termos integrantes desta (complementos verbais, complemento nominal
e agente da passiva) e os termos acessórios (adjunto adnominal, adjunto
adverbial, aposto e vocativo).
IV.
Semântica - é o estudo do sentido das palavras de uma língua.
Estrutura
e Formação de Palavras:
Estudar a estrutura é
conhecer os elementos formadores das palavras. Assim,
compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos
abaixo:
art-ista
|
brinc-a-mos
|
cha-l-eira
|
cachorr-inh-a-s
|
A análise destes
exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a
que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas.
Vamos analisar a
palavra "cachorrinhas":
Nessa palavra
observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles:
cachorr -
este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado.
inh -
indica que a palavra é um diminutivo
a -
indica que a palavra é feminina
s - indica
que a palavra se encontra no plural
Morfemas: unidades
mínimas de caráter significativo.
Obs.:
existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar,
sol, lua, etc.
1) Raiz,
radical, tema: elementos básicos e significativos
2) Afixos
(prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos
modificadores da significação dos primeiros
3) Vogal de
ligação, consoante de ligação: elementos de
ligação ou eufônicos.
Raiz
É o elemento originário e irredutível em que se
concentra a significação das palavras, consideradas do ângulohistórico.
É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família
etimológica. Observe o exemplo:
Raiz noc [Latim nocere =
prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela
origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc.
Obs.: uma raiz pode
sofrer alterações. Veja o exemplo:
at-o
at-or
at-ivo
aç-ão
ac-ionar
Radical
Observe o seguinte grupo de palavras:
|
Você reparou que há um elemento comum nesse
grupo?
Você reparou que o elemento livr serve
de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou
semantema).
Radical: elemento
básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical
e prático. É encontrado através do despojo dos elementos
secundários (quando houver) da palavra.
Por Exemplo:
cert-o
cert-eza
in-cert-eza
cert-eza
in-cert-eza
Afixos
Afixos são
elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um
radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do
morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir
de "certo": certamente, advérbio de modo. De
maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à
forma "cert-" cria o verbo acertar.
Observe que a- e -ar são morfemas capazes de
operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exemplos:
Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exemplos:
|
Desinências
Desinências são
os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existem dois
tipos:
Desinências
Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e
feminino) e de número (singular e plural) dos nomes.
Exemplos:
alun-o
|
aluno-s
|
alun-a
|
aluna-s
|
Observação:
só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras
que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras
como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência
nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos
desinência nominal de número.
Desinências
Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e
de modo e tempo dos verbos.
Exemplos:
]
compr-o
|
compra-s
|
compra-mos
|
compra-is
|
compra-m
|
compra-va
|
compra-va-s
|
A desinência "-o", presente
em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois
indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va",
de "ama-va", é desinência modo-temporal:
caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª
conjugação.
Vogal Temática
Vogal Temática é a
vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos
verbos, distinguem-se três vogais temáticas:
A
|
Caracteriza os verbos da 1ª conjugação.
Exemplos:
buscar,
buscavas, etc.
E
|
Caracteriza os verbos da 2ª conjugação.
Exemplos:
romper,
rompemos, etc.
I
|
Caracteriza os verbos da 3ª conjugação.
Exemplos:
proibir,
proibirá, etc.
Tema
Tema é o
grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os
temas são:
busca-, rompe-, proibi-
Vogais e Consoantes
de Ligação
As vogais e consoantes de ligação são morfemas que
surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a
pronúncia de uma determinada palavra.
Exemplo:
parisiense
(paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i)
Outros exemplos:
gas-ô-metro,
alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira,
cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão,
etc.
Formação das Palavras
Existem dois processos básicos pelos quais se
formam as palavras: a derivação e a composição. A
diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação,
partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição
sempre haverá mais de um radical.
Derivação
Derivação é o
processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a
partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro
abaixo:
Observamos que "mar" e
"terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário,
possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou
prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais,
derivadas.
Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à
palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os
exemplos:
crer- descrer
ler- reler capaz- incapaz
Derivação Sufixal ou Sufixação
Resulta de acréscimo de sufixo à
palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de
classe gramatical.
Por Exemplo:
alfabetização
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma
em substantivo o verbo alfabetizar. Este,
por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo
acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
Por Exemplo:
papel -
papelaria
riso - risonho
b) Verbal, formando verbos.
Por Exemplo:
atual -
atualizar
c) Adverbial, formando advérbios de
modo.
Por Exemplo:
feliz -
felizmente
Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do
acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à
palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e
adjetivos) e verbos.
Considere o adjetivo "
triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através
da junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo
"-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é
suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as
palavras "entriste", nem "tristecer".
Exemplos:
|
Derivação
Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é
formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
comprar (verbo)
|
beijar (verbo)
|
compra (substantivo)
|
beijo (substantivo)
|
Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um
verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação,
será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou
substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo
indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre,
porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um
substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
|
Por derivação regressiva, formam-se basicamente
substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos
deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos
de palavras formadas por derivação regressiva. Veja:
o portuga (de
português)
o boteco (de botequim)
o comuna (de comunista)
o boteco (de botequim)
o comuna (de comunista)
Ou ainda:
agito (de
agitar)
amasso (de amassar)
chego (de chegar)
amasso (de amassar)
chego (de chegar)
Obs.: o processo
normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação
regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma
o substantivo a partir do verbo.
Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada
palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de
classe gramatical. Neste processo:
1) Os adjetivos passam
a substantivos
Por Exemplo:
Os bons serão
contemplados.
2) Os particípios passam
a substantivos ou adjetivos
Por Exemplo:
Aquele
garoto alcançou um feito passando no concurso.
3) Os infinitivos passam
a substantivos
Por Exemplo:
O andar de
Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
4) Os substantivos passam
a adjetivos
Por Exemplo:
O
funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.
O menino prodígio resolveu o problema.
5) Os adjetivos passam
a advérbios
Por Exemplo:
Falei baixo para
que ninguém escutasse.
6) Palavras invariáveis passam
a substantivos
Por Exemplo:
Não entendo
o porquê disso tudo.
7) Substantivos próprios tornam-se comuns.
Por Exemplo:
Aquele
coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)
Observação: os
processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque
implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação
imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando
um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é
denominada "imprópria".
Composição
Composição é o
processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais
radicais. Existem dois tipos:
Composição por
Justaposição
Ao juntarmos duas
ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.
Exemplos:
passatempo,
quinta-feira, girassol, couve-flor
Obs.: em
"girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um
"s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.
Composição por
Aglutinação
Ao unirmos dois ou
mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos
fonéticos.
Exemplos:
embora (em
boa hora)
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)
Obs.: ao
aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último
componente.
Redução
Algumas palavras
apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:
auto - por automóvel
cine - por cinema
micro - por microcomputador
Zé - por José
cine - por cinema
micro - por microcomputador
Zé - por José
Como exemplo de
redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas,
muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na
seção "Extras" -> Abreviaturas e Siglas)
Hibridismo
Ocorre hibridismo na
palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.
Por Exemplo:
auto
(grego) + móvel (latim)
Onomatopeia
Numerosas palavras
devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes
e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que
reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres.
Exemplos:
miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar,
cocoricar, etc.
Prefixos
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos
radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente
esses morfemas produzem mudança de classe gramatical.
Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se
originam do latim e do grego, línguas em que
funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos.
Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua
vez, tiveram grande utilidade na formação de novas palavras. Veja os
exemplos:
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- ,
entre- re- , sub- , super- , anti-
|
Prefixos de Origem
Grega
a-, an-:
Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos:
anônimo,
amoral, ateu, afônico
ana- : Inversão,
mudança, repetição. Exemplos:
analogia,
análise, anagrama, anacrônico
anfi- : Em redor, em
torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:
anfiteatro,
anfíbio, anfibologia
anti- : Oposição,
ação contrária. Exemplos:
antídoto,
antipatia, antagonista, antítese
apo- : Afastamento,
separação. Exemplos:
apoteose,
apóstolo, apocalipse, apologia
arqui-, arce- :
Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos:
arquiduque,arquétipo,
arcebispo, arquimilionário
cata- : Movimento de
cima para baixo. Exemplos:
cataplasma,
catálogo, catarata
di-:
Duplicidade. Exemplos:
dissílabo,
ditongo, dilema
dia- : Movimento
através de, afastamento. Exemplos:
diálogo,
diagonal, diafragma, diagrama
dis- : Dificuldade,
privação. Exemplos :
dispneia,
disenteria, dispepsia, disfasia
ec-, ex-,
exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:
eclipse,
êxodo, ectoderma, exorcismo
en-, em-,
e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos:
encéfalo,
embrião, elipse, entusiasmo
endo- : Movimento
para dentro. Exemplos:
endovenoso,
endocarpo, endosmose
epi- : Posição
superior, movimento para. Exemplos:
epiderme,
epílogo, epidemia, epitáfio
eu- : Excelência,
perfeição, bondade. Exemplos:
eufemismo,
euforia, eucaristia, eufonia
hemi- : Metade,
meio. Exemplos:
hemisfério,
hemistíquio, hemiplégico
hiper- : Posição
superior, excesso. Exemplos:
hipertensão,
hipérbole, hipertrofia
hipo- : Posição
inferior, escassez. Exemplos:
hipocrisia,
hipótese, hipodérmico
meta- : Mudança,
sucessão. Exemplos:
metamorfose,
metáfora, metacarpo
para- : Proximidade,
semelhança, intensidade. Exemplos:
paralelo,
parasita, paradoxo, paradigma
peri- : Movimento ou
posição em torno de. Exemplos:
periferia,
peripécia, período, periscópio
pro- : Posição em
frente, anterioridade. Exemplos:
prólogo,
prognóstico, profeta, programa
pros- : Adjunção, em
adição a. Exemplos:
prosélito,
prosódia
proto- : Início,
começo, anterioridade. Exemplos:
proto-história,
protótipo, protomártir
poli- :
Multiplicidade. Exemplos:
polissílabo,
polissíndeto, politeísmo
sin-, sim- :
Simultaneidade, companhia. Exemplos:
síntese,
sinfonia, simpatia, sinopse
tele- : Distância,
afastamento. Exemplos:
televisão,
telepatia, telégrafo
|
Prefixos de
Origem Latina
a-, ab-, abs- :
Afastamento, separação. Exemplos:
aversão,
abuso, abstinência, abstração
a-, ad- : Aproximação,
movimento para junto. Exemplos:
adjunto,advogado,
advir, aposto
ante- :
Anterioridade, procedência. Exemplos:
antebraço,
antessala, anteontem, antever
ambi- :
Duplicidade. Exemplos:
ambidestro,
ambiente, ambiguidade, ambivalente
ben(e)-, bem- : Bem,
excelência de fato ou ação. Exemplos:
benefício,
bendito
bis-, bi-:
Repetição, duas vezes. Exemplos:
bisneto,
bimestral, bisavô, biscoito
circu(m) - : Movimento
em torno. Exemplos:
circunferência,
circunscrito, circulação
cis- : Posição
aquém. Exemplos:
cisalpino,
cisplatino, cisandino
co-, con-, com- :
Companhia, concomitância. Exemplos:
colégio,
cooperativa, condutor
contra- :
Oposição. Exemplos:
contrapeso,
contrapor, contradizer
de- : Movimento
de cima para baixo, separação, negação. Exemplos:
decapitar,
decair, depor
de(s)-, di(s)- : Negação,
ação contrária, separação. Exemplos:
desventura,
discórdia, discussão
e-, es-, ex- : Movimento
para fora. Exemplos:
excêntrico,
evasão, exportação, expelir
en-, em-, in- : Movimento
para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos:
imergir, enterrar,
embeber, injetar, importar
extra- : Posição
exterior, excesso. Exemplos:
extradição,
extraordinário, extraviar
i-, in-, im- : Sentido
contrário, privação, negação. Exemplos:
ilegal,
impossível, improdutivo
inter-, entre- : Posição
intermediária. Exemplos:
internacional,
interplanetário
intra- : Posição
interior. Exemplos:
- intramuscular,
intravenoso, intraverbal
intro- : Movimento
para dentro. Exemplos:
introduzir,
introvertido, introspectivo
justa- : Posição
ao lado. Exemplos:
justapor,
justalinear
ob-, o- : Posição em
frente, oposição. Exemplos:
obstruir,
ofuscar, ocupar, obstáculo
per- : Movimento
através. Exemplos:
percorrer,
perplexo, perfurar, perverter
pos- :
Posterioridade. Exemplos:
pospor,
posterior, pós-graduado
pre- :
Anterioridade . Exemplos:
prefácio,
prever, prefixo, preliminar
pro- : Movimento
para frente. Exemplos:
progresso,
promover, prosseguir, projeção
re- :
Repetição, reciprocidade. Exemplos:
rever,
reduzir, rebater, reatar
retro- : Movimento
para trás. Exemplos:
retrospectiva,
retrocesso, retroagir, retrógrado
so-, sob-, sub-, su- :
Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:
soterrar,
sobpor, subestimar
super-, supra-, sobre- :
Posição superior, excesso. Exemplos:
supercílio,
supérfluo
soto-, sota- : Posição
inferior. Exemplos:
soto-mestre,
sota-voga, soto-pôr
trans-, tras-, tres-, tra- :
Movimento para além, movimento através. Exemplos:
transatlântico,
tresnoitar, tradição
ultra- : Posição
além do limite, excesso. Exemplos:
ultrapassar,
ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta
vice-, vis- : Em lugar
de. Exemplos:
vice-presidente,
visconde, vice-almirante
|
Quadro de
Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos
|
Sufixos
Sufixos são
elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical,
formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe
gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de
um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo,
por exemplo.
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele
são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis.
Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente
importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e
os que formam nomes de agente.
Sufixos que
formam nomes de ação
|
Sufixos que
formam nomes de agente
|
Além dos sufixos acima, tem-se:
Sufixos que formam nomes de lugar,
depositório
|
Sufixos que
formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção
|
Sufixos que
formam nomes técnicos usados na ciência
|
Sufixo que
forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS
a) de substantivos
b) de verbos
SUFIXOS
ADVERBIAIS
Na
Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar
"a mente, o espírito, o intento".Este sufixo juntou-se a adjetivos,
na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo.
Exemplos:
altiva-mente,
brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente,
fraca-mente, pia-mente
Já
os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente,
portugues-mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses
adjetivos eram outrora uniformes.
Exemplos:
cabrito montês / cabrita montês.
SUFIXOS
VERBAIS
Os
sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e
adjetivos para formar novos verbos.
Em
geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar.
Exemplos:
esqui-ar;
radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar;
telefon-ar; (a)portugues-ar.
Os
verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação. Veja:
-ar: cruzar, analisar,
limpar
-ear: guerrear, golear -entar: afugentar, amamentar -ficar: dignificar, liquidificar -izar: finalizar, organizar
Observe
este quadro de sufixos verbais:
Observações:
Verbo
Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida.
Verbo
Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou causar.
Verbo
Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa.
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Radicais Gregos
O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível
importância para a exata compreensão e fácil memorização de inúmeras
palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira
agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados
no início dos compostos, a segunda agrupa aqueles que costumam surgir
na parte final.
Radicais que atuam como primeiro elemento
Radicais que atuam como segundo elemento:
|
FONTE:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf1.php
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