terça-feira, 15 de novembro de 2011

ESTUDO DAS CITAÇÕES NO TRABALHO CIENTÍFICO - TURMAS: 1º “J”, “K”, “L”, “M” –MATUTINO e 1º “S” – VESPERTINO

As informações extraídas da literatura utilizada devem ser devidamente citadas e documentadas no texto dos trabalhos acadêmicos e científicos, onde se incluem as teses. Essas informações, denominadas citações, devem obedecer a um sistema que identifique as fontes utilizadas na confecção do texto.

Citação é, portanto, a menção no texto de informação extraída de outros documentos, com o objetivo de colocar o trabalho no contexto da temática, conferir a ele credibilidade, confrontar dados, fatos e argumentos, e registrar opiniões similares ou conclusões opostas.

Usa-se quando há necessidade de provar autoridade, originalidade ou fidedignidade. O fato de se incorporar idéias, dados e frases de outros autores, transcritos ou não, sem fazer menção a fonte original, constitui plágio, o que implica em sérias conseqüências para o autor da tese. Fatos do domínio público ou que possam ser facilmente verificados não necessitam ser referenciados.

Todas as citações incluídas no texto referentes a trabalhos publicados devem obrigatoriamente figurar na listagem das referências, ao final do trabalho. Estas devem estar absolutamente corretas e de acordo com a norma utilizada

Segundo a ABNT (2002), as citações são classificadas em três tipos: Citação Direta; Citação Indireta e Citação de Citação.

1. CITAÇÃO DIRETA - é a transcrição ou a cópia, no corpo do seu trabalho, de um texto, um parágrafo, uma frase ou uma expressão, usando exatamente as mesmas palavras usadas pelo autor da obra pesquisada.

1.1. Citação Direta de Até Três Linhas – deve ser inserida no parágrafo, entre aspas duplas. Há duas maneiras possíveis:

1ª. Trazemos o autor para o corpo do trabalho, empregando termos como: segundo, de acordo com, afirma, relata, conceitua, descreve etc., seguido do nome e sobrenome do autor, e, entre parênteses a data da obra consultada, vírgula, e o número da página consultada:

O rondel compõe-se de duas quadras e de uma quintilha. Segundo Carmo (1919, p.215), "presta-se o rondel aos conceitos galantes e madrigalescos, às gentilezas amorosas e aos sentimentos delicados".

► Lá na bibliografia:

CARMO, Manoel do. Consolidação das Leis do Verso, São Paulo Duprat, 1919, p.215.

2ª. Trazemos a citação para o corpo do trabalho, e informamos ao final da citação (entre parênteses) o sobre nome do autor, em caixa alta (letras maiúsculas), a data e a página, estes virgulados. Veja o exemplo:

"Presta-se o rondel aos conceitos galantes e madrigalescos, às gentilezas amorosas e aos sentimentos delicados." (CARMO, 1919, p.215).

► Na bibliografia idem a 1ª.

Observações:

1ª. Havendo mais de um autor, observam-se os mesmos procedimentos, apenas ressaltando o nome dos autores na ordem em que aparecem na obra consultada.

2ª. Não precisamos atribuir crédito a informações contidas em enciclopédias, dicionários e informações históricas de conhecimento comum.

1.2. Citação com mais de Três Linhas – deve ser destacada, pulando-se uma linha para iniciar a transcrição da citação, com recuo maior da margem esquerda, com tamanho da fonte menor que a utilizada no texto, sem aspas e crédito(s) do(s) autor(res) ao final da citação. Para reiniciar o texto normal, pula-se outra linha:

É assim que podemos acompanhar Henry Edmond ao longo de toda a sua vida e que Hamlet poucas horas passará conosco. Em um dia de leitura podemos viver anos e anos da existência das personagens de uma ficção. Nas poucas horas que dura uma tragédia, pouco mais viveremos que os derradeiros momentos do herói. (SIMÕES, 1944, p.14)

(FONTE: SIMÕES, João Gaspar. Ensaio sobre a Criação no Romance, Rio, 1944, p.14)

1.3. Citação com Trechos Omitidos - trechos dispensáveis ao entendimento da citação podem ser omitidos, desde que não alterem o argumento do autor; para isso utilizamos colchetes/parênteses e reticências [...] ou (...) a fim de indicar a omissão. Do mesmo modo, se a supressão ocorrer no início ou no final da citação:

"Em suma, constituem diversos momentos do movimento dramático [...] fases de ação, são eles mesmos ações". (SIMÕES, 1944, p. 393)

Fonte: (SIMÕES, João Gaspar. Ensaio sobre a Criação no Romance, Rio, 1944, p. 393)

2. CITAÇÃO INDIRETA - É a transcrição livre do texto, isto é, usamos nossas próprias palavras para expor a idéia do autor. Podemos, ainda, se o trecho for muito longo, interpretar a idéia do autor e fazermos uma síntese. Nesse tipo de citação, não se utiliza as aspas; mas o autor, a fonte e a data de publicação devem ser citados. Não é obrigatório colocar o número de páginas, mas se o fizer deve repetir em todas as outras citações:

Como lembra Martins (1984), o futuro desenvolvimento da informação está cada dia mais dependente de um plano unificado de normalização.

3. CITAÇÃO DE CITAÇÃO - É a menção a um trecho de um documento ao qual não tivemos acesso, mas do qual tomamos conhecimento apenas por citação de outro. Só deve ser usada na total impossibilidade de acesso ao documento original. Nesse caso, usamos expressão latina apud (citado por) para indicar a obra de onde foi retirada a citação. Citamos o sobrenome do autor do documento original, na seqüência, e entre parênteses ano e página em que o autor original escreveu (se houver), depois, a expressão apud, o sobrenome do autor que fez a citação em CAIXA ALTA, ano e página da obra do documento de que retiramos a citação. Ou, usamos após o texto, citamos sobrenome dos dois autores em CAIXA-ALTA, dentro dos parênteses, com as demais informações. Observamos que, na lista de referências, citamos somente a obra consultada, mencionando o autor que a citou.

Exemplo:

Sobre gestão por competências, Brandão e Aquino (2001 apud BITENCOURT; BARBOSA, 2004, p. 246) assim se posicionam:

Deve fazer parte das políticas que recaem sobre as pessoas e para o sucesso organizacional direcionada ao recrutamento, seleção, treinamento, entre outros, fazendo parte das competências necessárias para atingir os objetivos da organização, lembrando sempre que devem estar alinhadas à estratégia organizacional.

OU

Para explicar o surgimento da propriedade privada, iremos recorrer ao seguinte trecho:

O primeiro homem que, ao cercar um terreno, afirmou “isto é meu”, encontrando pessoas suficientemente estúpidas para acreditarem nisso, foi o [...] fundador da sociedade civil. Quantos crimes, quantas guerras, quantos assassinatos, quantas misérias e erros teriam sido poupados à humanidade se alguém arrancasse os marcos ou nivelasse os fossos (ROUSSEAU, 1968 apud GRUPPI, 1986, p. 19).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT), Informação e Documentação, Citações em Documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7 p.



FONTE:

http://www.bvs-sp.fsp.usp.br:8080/html/pt/paginas/guia/a_cap_03.htm

http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/638805

Acessado em 15 de novembro de 2011

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