Para viabilizar o
processo comunicativo o emissor recorre aos códigos. São sinais representados
pela fala, pela escrita, por gestos, desenhos etc. Eles transmitem uma mensagem
ao receptor por meio de um canal em um contexto, com funções e objetivos
específicos.
EMISSOR: É quem emite a mensagem: um indíviduo, um grupo, uma emissora de
comunicação, uma instituiçao…
Ex.: Alô amigos da Globo, muita boa noite
RECEPTOR : É a
quem se dirige ou se destina a mensagem: um indivíduo, um grupo, um animal
Ex.:
Caro Claudemir,
Preciso de que
você me ajude a resolver um problema.
Grato.
João.
CÓDIGO: Grupo de
sinais ou de símbolos sistematizados e organizados para viabilizar o processo
comunicativo. Ex.: Língua oral ou escrita, gestos
desenhos, sons, cores, placas, etc.
CANAL DE COMUNICAÇÃO: Meio
físico condutor da mensagem que permite a veiculação de comunicação: voz, ondas
sonoras, sirene de viatura, microfone, semáfao, etc.
MENSAGEM: É a própria intenção comunicativa ou
o objeto de comunicação. É constituída pelo conteúdo das informações que se
pretende transmitir aos receptores.
João
amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história. (Carlos Drummond de Andrade)
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história. (Carlos Drummond de Andrade)
- O conteúdo do poema é a mensagem que se pretende transmitir
REFERENTE (CONTEXTO): Situação ou o meio em que estão inseridos o emissor e o destinatário da
mensagem.
Nós vamos invadir sua praia
Daqui do morro dá
pra ver tão legal
O que acontece aí no seu litoral
Nós gostamos de tudo, nós queremos é mais
Do alto da cidade até a beira do cais
Mais do que um bom bronzeado
Nós queremos estar do seu lado (Ultraje a Rigor)
O que acontece aí no seu litoral
Nós gostamos de tudo, nós queremos é mais
Do alto da cidade até a beira do cais
Mais do que um bom bronzeado
Nós queremos estar do seu lado (Ultraje a Rigor)
- O morro e o litoral são o referente.
AS FUNÇÕES DE LINGUAGEM
Ao transmitir determinada mensagem o receptor,
o emissor, sempre tem um objetivo, como informar, demonstrar sentimentos,
convencer, etc. Em razão disso, pode-se dizer que, no processo comunicativo, a
linguagem apresenta algumas funções:
FUNÇÃO REFERENCIAL OU EXPRESSIVA:
q
Centralizada
no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade.
q
Objetiva,
direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular.
q
Linguagem
usada nas notícias de jornal e livros científicos.
Exemplo:
Portinari: valorização do Brasil e da arte
Filho de imigrantes italianos, Cândido
Portinari nasceu no dia 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café nas
proximidades de Brodósqui, em São Paulo. Com a vocação artística florescendo
logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando
sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e
escultores italianos que atuava na restauração de igrejas passa pela região de
Brodósqui e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do
talento do pintor brasileiro.
FUNÇÃO APELATIVA OU
CONATIVA: Centraliza-se
no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o
emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa,
além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que
se dirigem diretamente ao consumidor. Exemplo:
FUNÇÃO EMOTIVA OU
EXPRESSIVA: Centralizada no
emissor, revelando sua opinião, sua emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do
singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias, memórias,
poesias líricas e cartas de amor. Exemplo:
A lua que eu te dei
Posso te falar dos sonhos
Das flores
De como a cidade mudou
Posso te falar do medo
Das flores
De como a cidade mudou
Posso te falar do medo
Do meu desejo, do meu amor...
Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixa ver
No céu a Lua
Que um dia eu te dei... (Hebert Viana)
E aos poucos deixa ver
No céu a Lua
Que um dia eu te dei... (Hebert Viana)
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA:
Centralizada
no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da
poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto.
Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem. Exemplo:
-
Não entendi o que é
metalinguagem, você poderia explicar novamente, por favor?
-
Metalinguagem é usar
os recursos da língua para explicar alguma teoria, um conceito, um filme, um
relato, etc.
FUNÇÃO POÉTICA: Centralizada na
mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva,
sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas
combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias,
letras de música, em algumas propagandas etc.
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
DICA:
É importante ressaltar que, em um mesmo texto, pode coexistir mais de uma
função. Isso, depende da intenção do emissor ao elaborar a mensagem.
Muito útil
ResponderExcluirEstes conteúdos foram muito úteis... .
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